VIOLACEAE

Rinorea bicornuta Hekking

DD

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica, conhecida apenas pela coleta tipo de Ducke, no estado do AMAZONAS, município de Manaquiri (RB 560922), em 1927.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Marta Moraes
Categoria: DD
Justificativa:

Árvore, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi registrada em Floresta Ombrófila Densa associada a Amazônia no estado do Amazonas, município de Manaquiri. Conhecida somente pela coleção-tipo realizada por A. Ducke em 1927, desde então, pouco se avançou em relação ao estado de conhecimento de R. bicornuta. A espécie foi considerada "Criticamente em perigo" (CR) de extinção em avaliações de risco de extinção pretéritas (MMA, 2014). Entretanto, essas avaliações levaram em conta somente o material-tipo, única coleta conhecida para a espécie, para se definir o estado de conservação do táxon. A espécie aparentemente é restrita a habitats severamente fragmentados da região central da Amazônia (Louzada, 2014; Fearnside, 2005) e poderia ser incluída em categoria de ameaça pelo critério B. Entretanto, diante da carência de dados geral, a espécie foi considerada como "Dados insuficientes" (DD) neste momento, uma vez que o conjunto de informações disponíveis não possibilitou a condução de re-avaliação de risco de extinção de forma robusta. Novos estudos buscando encontrar a espécie em outras localidades adjacentes e levantar dados populacionais na região próxima às áreas de ocorrência fazem-se necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional e assim possibilitar uma robusta avaliação de seu risco de extinção.

Último avistamento: 1927
Quantidade de locations: 1
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada como "Em perigo de extinção" (EN) na lista vermelha da IUCN (WCMC, 1998). Posteriormente, avaliada pelo CNCFlora/JBRJ em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Criticamente em Perigo" (CR) na Portaria 443 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação re-acessado após cinco anos da última avaliação.

Houve mudança de categoria: Sim
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 CR

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Phytologia 43: 474 (-475), pl. 1979. Rinorea bicornuta é próxima de R. guianensis, R. bahiensis e R. paniculata, caracterizando-se dentre estas espécies pela inflorescência curtamente tirsóide contendo címulas laterais, geralmente com 3-5 flores; pedicelos com 1-3 mm de comprimento; flores e ramos florais mais velhos notavelmente deflexos; ramos florais cônicos e ápice da antera arredondado apendiculado por duas extremidades agudas (Hekking, 1988).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Aluvial
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore encontrada em Floresta Ombrófila, na Amazônia (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), às margens do rio Solimões.
Referências:
  1. Violaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB79770>. Acesso em: 08 Mai. 2019

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future regional very high
Em 2003, a área de floresta desmatada na Amazônia brasileira alcançou 648,5 x 10³ km² (16,2% dos 4 x1.000.000 km² da floresta original da Amazônia Legal, que é de 5 x 1.000.000 km²), incluindo, aproximadamente, 100 x 1.000 km² de desmatamento antigo (pré-1970) no Pará e no Maranhão. O índice atual (2010 - 2011) do INPE de desmatamento aponta uma área de 5.692.207 km².Atualmente, o avanço das plantações de soja na região apresenta-se como a maior ameaça, com seu estímulo para o investimento maciço do governo em infra-estrutura, como hidrovias, ferrovias e rodovias. As estradas para retirada de madeira, especialmente para extração de mogno, precedem e acompanham as rodovias, tornando as fronteiras acessíveis para o investimento dos lucros do comércio da madeira em plantações de soja e fazendas para a criação de gado. A extração da madeira aumenta a inflamabilidade da floresta, levando às queimadas do sub-bosque que colocam em movimento um ciclo vicioso de mortalidade de árvores, aumento da carga de combustível, reentrada do fogo e, por fim, destruição total da floresta. As bases de muitas árvores são queimadas à medida que o fogo se prolonga. As árvores da floresta amazônica não são adaptadas ao fogo e a mortalidade a partir de uma primeira queimada fornece o combustível e a aridez necessários para fazer as queimadas subseqüentes muito mais desastrosas. A temperatura alcançada e a altura das chamas na segunda queimada são, significativamente, maiores que na primeira, matando muitas outras árvores.O impacto do corte de espécies de baixa densidade e comercialmente valiosas é, freqüentemente, subestimado. O processo de corte seletivo resulta em um prejuízo de quase duas vezes o volume de árvores que estão sendo removidas. Devido ao fato de muitas árvores menores serem mortas, o efeito sobre os indivíduos é ainda maior (Fearnside, 2005).
Referências:
  1. Fearnside, P.M., 2005. Desmatamento na Amazônia brasileira: história, índices e conseqüências. Megadiversidade, v. 1, n. 1.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.2 Small-holder farming locality,habitat past,present,future regional high
O município Manaquiri (AM) possui 69,03% da sua população concentrada nas zonas rurais (15.739 mil pessoas). A atividade econômica do município concentra-se na agricultura familiar. A produção agrícola é alta e consegue abastecer o município e até outros municípios próximos (Louzada, 2014).
Referências:
  1. Louzada, C.O., 2014. As grandes obras para a reabertura da BR-319 e seus impactos nas localidades ribeirinhas do Rio Solimões: Bela Vista e Manaquiri, no AM. Universidade Federal do AM. Instituto de ciências humanas e letras. Programa de pós-graduação em geografia. Manaus, AM. https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/3983/2/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Camila%20de%20Oliveira%20Louzada.pdf. (acesso em 18 de Junho 2018).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie foi avaliada como "Em perigo de extinção" (EN) na lista vermelha da IUCN (WCMC, 1998); no LIVRO VERMELHO CNCFlora 2013 como CR "Criticamente em perigo" e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014).
Referências:
  1. World Conservation Monitoring Centre, 1998. Rinorea bicornuta. The IUCN Red List of Threatened Species 1998: e.T35976A9965491. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.1998.RLTS.T35976A9965491 (Acesso em 24 de setembro de 2019).
  2. CNCFlora. Rinorea_bicornuta - in Lista Vermelha da flora brasileira Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/ Rinorea_bicornuta>.
  3. Ministério do Meio Ambiente (MMA), 2014. Portaria nº 443/2014. Anexo I. Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Disponível em: http://dados.gov.br/dataset/portaria_443. Acesso em 14 de abril 2019.
Ação Situação
1 Land/water protection needed
A espécie ocorre na área do GEF Pró-espécies TER 4 (AM) e deve ser incluída no Plano de Ação territorial que será definido como parte do programa

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.